Essencialismo

Essencialismo

abril 25, 2022 0 Por Cleisse Mello
Livro: Essencialismo: A disciplinada busca por menos, de Greg McKeown

Se você se sente sobrecarregado e ao mesmo tempo subutilizado, ocupado, mas pouco produtivo, e se o seu tempo parece servir apenas aos interesses dos outros,

Você precisa conhecer o Essencialismo

Acabei de ler este livro, “Essencialismo: A disciplinada busca por menos”, de Greg McKeown. Achei fantástico e quero compartilhar com vocês.  O autor mostra que, para equilibrar trabalho e vida pessoal, não basta recusar solicitações aleatoriamente: é preciso eliminar o que não é essencial e se livrar de desperdícios de tempo. Devemos aprender a reduzir, simplificar e manter o foco em nossos objetivos.

O que me atraiu bastante neste tema, é a forma que o autor apresenta o essencialismo, evidenciando que é mais do que uma estratégia de gestão de tempo ou uma técnica de produtividade. Trata-se de um método para identificar o que é vital e eliminar todo o resto, para que possamos dar a maior contribuição possível àquilo que realmente importa.

Já abordamos antes que, quando tentamos fazer tudo e ter tudo, realizamos concessões que nos afastam da nossa meta. Se não decidimos onde devemos concentrar nosso tempo e nossa energia, outras pessoas chefes, colegas, clientes e até a família decidem por nós, e assim perdemos de vista tudo o que é significativo.

É importante entender que o essencialista não faz mais coisas em menos tempo ele faz apenas as coisas certas. É fundamental entender essa diferença.

Isso porque, quando realizamos tarefas que não aproveitam nossos talentos e assumimos compromissos só para agradar aos outros, abrimos mão do nosso poder de escolha. O essencialista toma as próprias decisões e só entra em ação se puder fazer a diferença.

Não é por acaso que Greg McKeown inicia sua obra com a seguinte frase: A sabedoria da vida consiste em eliminar o que não é essencial.” de Lin Yutang.

De forma objetiva, para nos contextualizar, Greg trás diversas situações de rotina sobre momentos do nosso dia a dia, em que caímos em vícios comportamentais que afetam nosso desempenho em busca de objetivos maiores. E acrescenta que devemos nos concentrar em mais produtividade, menos estresse, mais alegria. 

Trazendo para o contexto empresarial, o profissional “essencialista”, explica McKeown, é aquele que vê claramente a diferença entre o desnecessário e o indispensável. A teoria soa simples: ao dizer “não” a tarefas irrelevantes, você investe toda a sua energia só naquilo que é essencial. Como resultado, o seu desempenho vai às alturas. 

Como empregar o essencialismo na vida profissional?

Temos muitas necessidades e/ou obrigações no nosso dia a dia: Organizar a mesa, preparar relatório, responder a dezenas de e-mails ou prospectar as ideias para aquele novo projeto. Com tantas atividades cotidianas, como decidir por onde começar? E serão todas estas tarefas realmente necessárias?

Ao responder a estas perguntas básicas, um profissional já está começando a praticar o essencialismo. Sair do círculo vicioso baseado na ideia de que todas as tarefas têm de ser executadas imediatamente é um desafio que, muitas vezes, vai na contramão do que o mercado de trabalho pede.

Mas, sabendo tomar a decisão certa sobre o que priorizar e dedicando-se integralmente a isso durante o período de tempo estritamente necessário, pode ser também uma forma de demonstrar efetividade no trabalho. Uma ação consciente e concentrada tende a gerar bons resultados e receber um trabalho bem executado é o desejo número um de qualquer gestor.

Lista de tarefas: aprendendo o que priorizar e o que eliminar

Uma das técnicas para aplicar o essencialismo é elaborar uma lista com as atividades previstas para a semana, classificando-as em três categorias: as tarefas urgentes, as essenciais e as outras. Para identificar a que grupo pertence qual atividade prevista, é preciso, primeiro, definir seus objetivos finais, com seriedade e precisão.

A partir do objetivo a ser atingido, fica mais claro que tarefas devem ser executadas ou priorizadas. As tarefas urgentes, claro, devem ser as primeiras da fila, pois elas são tarefas essenciais para o cumprimento do objetivo. Se, por alguma razão, não puderam ser executadas com antecedência, agora a pressão do tempo as torna urgentes.

Em seguida, é hora de concentrar-se apenas nas tarefas essenciais, ou seja, atividades sem as quais não é possível atingir os objetivos, ainda que não estejam entre as mais urgentes. Todas as tarefas que não se classificam nem como essenciais nem como urgentes são consideradas restos que podem, eventualmente, ser eliminadas.

Para quem o método é direcionado?

As técnicas do essencialismo podem ser usadas por qualquer pessoa, tanto na vida pessoal, quanto na profissional, mas é especialmente útil para quem tem um excesso de atividades corriqueiras ou quem é muito indeciso, com dificuldade de ter clareza sobre seus objetivos.

As técnicas propostas pelo essencialismo ajudam a dizer “não” sempre que necessário, e ensina a fazê-lo sem alimentar sentimento de culpa ou de falha. Já aplico algumas das ideias do essencialismo propostas no livro, mas identifiquei várias práticas que ainda posso incorporar na minha vida. A leitura é leve, mas não simplista. Super recomendo e com certeza vou ler novamente.

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Cleisse Mello Coach

É Administradora de Empresas com MBA em gestão empresarial de negócios e especialista em docência do ensino superior. Possui 28 anos de experiência em gestão e planejamento estratégico em empresas nas quais ocupou cargos executivos. Uma profissional de destacada atuação na área de desenvolvimento humano especialista em gestão de negócios e Business coach de negócios e liderança.

Atua ainda como consteladora organizacional, além de possuir formação em DEP (Dinâmica Energética do Psiquismo). É facilitadora da metodologia Pathwork®, bem como consultora e instrutora organizacional, tendo cooperado na gestão e planejamento estratégico de inúmeros processos de melhoria e evolução em contextos humanos variados (pessoais, grupos, empresas e instituições). Tem exercido muita contribuição como Facilitadora de aprendizagem e mudança.