Ser disruptivo

Ser disruptivo

abril 18, 2022 0 Por Cleisse Mello

Temos falado bastante do mundo BANI e como lidar com ele. Mas hoje quero trazer um novo passo a ser somado nas estratégias desse novo mundo: “Ser Disruptivo”.

Vamos começar entendendo o significado de disruptivo: Que tem capacidade para romper ou alterar; que rompe. É também “Algo que surge um pouco depois de um modismo, mas que fica e muda os modelos de negócios”, este conceito foi trazido por Kasey Panetta no artigo “7 disrupções digitais que podem surpreender nos próximos 5 anos”.   

Vamos começar a ligar os pontos, pois já vimos, nos artigos anteriores, os soft skills fundamentais para caminhar nesse novo cenário, bem como para assumir a liderança neste novo contexto. Logo, quero lembrar que, ainda que a disrupção represente uma quebra do pensamento corrente, ela não deixa de ser uma maneira de inovar em cima daquilo que já existe. 

A pergunta então a ser feita é: inovação disruptiva? Pois bem, a diferença é que, quando a inovação é disruptiva, ela traz para o mercado produtos ou serviços que ampliam exponencialmente o acesso ao público, por meio do downsizing e da aplicação da tecnologia.

Vamos aprofundar um pouco mais: Atualmente, a inovação corporativa é uma grande dor de cabeça para muitos gestores. Principalmente, depois que startups como Uber, Airbnb e Dropbox provocaram a “disrupção” de grandes corporações. A expectativa é grande para que os empreendedores façam parte da “inovação disruptiva”, e que todo os colaboradores de uma empresa, desde o estagiário até o CEO, apresentem “ideias inovadoras” que contribuam para melhoria do desempenho organizacional.  

Você então está se perguntando: O que é ser um profissional disruptivo?

Pois bem, pensar fora da caixa e desenvolver a proatividade, é só o começo para quem pretende se tornar um profissional disruptivo. Além do viés inovador, para desenvolver essa habilidade é preciso também ter um forte sentido de coletividade, orientação para resultados e capacidade de interpretar dados.

Sim, para tornar-se disruptivo, é preciso reunir um conjunto de competências e habilidades indispensáveis para trabalhar em um cenário de mudanças constantes. Já falamos disso diversas vezes, lembra?

E quais são as características do comportamento disruptivo?

Como destaca um artigo publicado na Harvard Business Review, “disrupção é um processo”. Isso quer dizer que, antes de uma inovação disruptiva tomar forma, é preciso que seus realizadores tenham uma atitude e modo de pensar que os leve a isso de forma gradual.

Não faltam exemplos de empresas que começaram pequenas, com uma proposta de mudança até certo ponto radical, e acabaram desbancando as gigantes dos seus setores. São os exemplos do Uber no setor de transportes e do Airbnb na hotelaria.

Não é por acaso que algumas dessas empresas começaram com iniciativas individuais, com uma infraestrutura precária (algumas em garagens) e, com o tempo, mostraram seu valor ao utilizar a tecnologia em favor dos negócios que criaram. Por isso, boa parte dos negócios baseados na disrupção superam a concorrência com relativa facilidade, uma vez que esse modelo traz diversas vantagens competitivas.

Muitas pessoas me acessam e perguntam: Como adotar o pensamento disruptivo?

Quero lembrar aqui, que já vimos que o comportamento disruptivo não nasce da noite para o dia. Até chegar a um estágio da carreira que permita desenvolver esse tipo de solução, é preciso ter não só as soft skills desejadas, mas cultivar uma nova forma de pensar.

Por outro lado, o pensamento pode ser influenciado pela ação, então, se você ainda se sente longe de um mindset disruptivo, coragem. Comece com uma mudança de postura e de atitudes conforme as dicas a seguir:

  • 1. Observe o mercado

Ainda que um dos objetivos da inovação disruptiva seja levar a empresa a navegar em um oceano azul, a concorrência sempre vai existir de alguma forma. Ela pode ser o ponto de partida para saber em que direções o mercado/cenário está seguindo para, em cima disso, trabalhar em produtos e serviços totalmente novos.

Lembre-se de que as empresas disruptivas estão focadas em levar soluções às pessoas que não são contempladas pelo que os grandes players fazem. Então, para superá-los, você precisará observar o que estão fazendo para desenvolver algo em uma linha diferente.

  • 2. Faça a pergunta clássica

Profissionais disruptivos são, além de inovadores, questionadores. Assim sendo, há uma pergunta clássica que todos eles fazem ao observar o mercado em que estão inseridos: “Existe uma forma melhor de se fazer?” É aí que o comportamento disruptivo faz a diferença, pois é ele quem impulsiona as empresas em busca de novas soluções.

  • 3. Aplique a tecnologia

Outro traço comum das empresas e profissionais disruptivos é a aplicação da tecnologia como meio de reduzir custos e tornar um negócio escalável. Assim, eles ampliam o acesso a produtos e serviços a segmentos mais amplos de público, sem que isso signifique a necessidade de investimentos mais pesados. Afinal, de que outra maneira o Uber se tornaria um gigante dos transportes, mesmo sem ter um único veículo próprio em sua frota?

Então, Ser Disruptivo é nadar contra a maré, ou seja, ir em uma direção que seus concorrentes sequer considerariam seguir. Como vimos, esse é um comportamento que precisa ser desenvolvido, ainda que você já tenha a inovação “na veia”.

Agora é mãos à obra e siga firme!

Cleisse Mello Coach

É Administradora de Empresas com MBA em gestão empresarial de negócios e especialista em docência do ensino superior. Possui 28 anos de experiência em gestão e planejamento estratégico em empresas nas quais ocupou cargos executivos. Uma profissional de destacada atuação na área de desenvolvimento humano especialista em gestão de negócios e Business coach de negócios e liderança.

Atua ainda como consteladora organizacional, além de possuir formação em DEP (Dinâmica Energética do Psiquismo). É facilitadora da metodologia Pathwork®, bem como consultora e instrutora organizacional, tendo cooperado na gestão e planejamento estratégico de inúmeros processos de melhoria e evolução em contextos humanos variados (pessoais, grupos, empresas e instituições). Tem exercido muita contribuição como Facilitadora de aprendizagem e mudança.