O que move você?
Pare um pouco e vamos fazer uma reflexão: O que te move?
Esta simples pergunta traz uma infinidade de possíveis respostas, pois vai depender de sua aspiração. Mas, certamente a resposta passa por objetivos, valores, expectativas e sonhos.
Como gosto de fazer, vamos ver a etimologia e “O que move”, também é chamado de motivação (do Latim mover e, mover), refere-se em psicologia e em outras ciências humanas à condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Em outras palavras, é o impulso interno que leva à ação.
Então vamos voltar a nossa reflexão: O que move você? O que faz seu coração pulsar, seu olho brilhar, seus lábios sorrirem?
Atualmente, diante de tantas pressões, muitos estão se perdendo e na correria do dia adia estão sufocados e não sabem mais pelo que devem acordar.
E se no mais profundo do seu âmago você não souber essa resposta, essa razão, nada fará sentido, nada será suficiente.
E antes de planejar sua vida, sua carreira e seu destino, descubra o que te faz feliz.
Tendo essa certeza em seu coração, todos os outros caminhos se mostrarão a você. Isso vale para seus objetivo e projetos pessoais e profissionais.
Já falamos em outros momentos sobre a importância do autodesenvolvimento, pois é preciso lembrarmos que nossa vida é uma seqüência de ciclos. Fases específicas que de alguma forma nos impulsionam para frente, proporcionando novas experiências.
Nem sempre obtemos os resultados esperados dentro do que planejamos e muitas vezes devemos refazer o trajeto, mudando o foco para novos objetivos, movidos por outros sonhos que se tornam possíveis no decorrer da vida. Não há fórmula mágica. O caminho é individual e precisa ser percorrido diariamente.
E como estamos falando do que nos move, vamos falar de uma ferramenta que nos auxilia a avaliar nosso propósito: Ikigai.
O que é Ikigai?
Em japonês, IKIGAI significa “A razão pelo qual eu acordo todos os dias pela manhã” ou “razão para viver”, conceito que traz ao universo do desenvolvimento humano a busca pelo sentido para tudo o que realizamos.
Segundo a cultura japonesa, todos nós temos um Ikigai, ou seja, um propósito na vida, ou uma atividade que nos deixa muito felizes, na qual somos bons e que, ao mesmo tempo, contribui para nossa comunidade. Encontrá-lo exige trilhar um caminho de empreendedorismo e crescimento pessoal, ou seja, um autoconhecimento constante e tenaz que leva ao melhor dos prêmios: uma vida feliz.
A ferramenta, envolve um processo reflexivo sobre si próprio. Aliás, ela é bastante simples de implementar e pode garantir insumos valiosos em qualquer fase da carreira.
Vamos conhece-la um pouco mais: A mandala é composta por quatro círculos que se sobrepõem:
- O que amo fazer
- O que posso fazer bem
- O que posso ser pago para fazer
- O que o mundo precisa
Ao centro, onde há a intersecção principal, está o próprio Ikigai. O objetivo da mandala, assim, é permitir uma melhor visão entre a correlação entre estes aspectos.
Como você pode encontrar seu Ikigai? Segundo Héctor García e Francesc Miralles, não existe uma receita mágica para viver o Ikigai em si, mas há duas coisas que podem nos guiar: a auto-observação e a sensação de fluidez.
Quando se trata de auto-observação com foco no crescimento pessoal e espiritual, você deve se perguntar:
– O que eu mais gosto de fazer?
– Quais atividades representam meus momentos mais felizes?
– Quando perco a noção do tempo?
A mandala Ikigai é preenchida, respondendo as seguintes perguntas:
1. O que amo fazer?
Na primeira seção, está a motivação mais profunda do indivíduo. Questione-se: qual é sua paixão? O que ama? o que você faria se não precisasse de dinheiro?
2. O que posso fazer bem?
Já na segunda seção, a proposta é aproximar-se de sua vocação de maneira mais prática. Questione-se: no que você é bom? Quais são seus pontos fortes? O que sabe que pode fazer bem? O que outros valorizam em você?
3. O que posso ser pago para fazer?
Na terceira seção da mandala Ikigai, a visão é mais realista: onde você poderia trabalhar? Que profissão poderia exercer que esteja alinhada com suas reflexões anteriores? O que você faz e que outros estão dispostos a pagar? Pense no maior número de trilhas possível.
4. O que o mundo precisa?
Por fim, a quarta seção é um tanto mais abstrata, mas nem por isso menos importante: qual é sua missão na terra? O que você pode conquistar que ajudará outros, por exemplo, a tornar o mundo melhor ou agregar valor social? Acredite: todo mundo guarda isso dentro de si.
Aqui, você pode resgatar as possíveis trilhasque descobriu na seção anterior para validá-las e torná-las possibilidades reais.
Conquanto, saiba que algumas das respostas também podem se sobrepor na mandala Ikigai, o que não é um problema. O importante, assim, é ser honesto consigo mesmo: não há respostas certas ou erradas. Agora que está fazendo a sua reflexão da semana, compartilhe comigo: O que move você? A mim é estar no caminho do meu autodesenvolvimento e poder compartilhar meus aprendizados e experiências e ajudar muitos a se moverem também!
Cleisse Mello
É Administradora de Empresas com MBA em gestão empresarial de negócios e especialista em docência do ensino superior. Possui 28 anos de experiência em gestão e planejamento estratégico em empresas nas quais ocupou cargos executivos. Uma profissional de destacada atuação na área de desenvolvimento humano especialista em gestão de negócios e Business coach de negócios e liderança.
Atua ainda como consteladora organizacional, além de possuir formação em DEP (Dinâmica Energética do Psiquismo). É facilitadora da metodologia Pathwork®, bem como consultora e instrutora organizacional, tendo cooperado na gestão e planejamento estratégico de inúmeros processos de melhoria e evolução em contextos humanos variados (pessoais, grupos, empresas e instituições). Tem exercido muita contribuição como Facilitadora de aprendizagem e mudança.