Nossas Escolhas
Fazer escolhas não é um processo fácil. Implica em avaliar as opções que a realidade oferece e renunciar a algo, acreditando que aquilo que se escolhe seja a melhor opção. Então você já deve ter ouvido falar que toda escolha implica em perdas. Isso mesmo, escolhas excluem.
Porém, fazer escolhas é não somente necessário, mas inevitável. Ao acordar, você escolhe levantar-se ou permanecer um pouco mais de tempo deitado. Escolhe chegar ao seu compromisso no horário marcado ou atrasar-se. Escolhe a roupa a ser usada, o modo de pentear o cabelo (ou não pentear), se irá tomar café da manhã ou permanecerá em jejum. Escolhas são atitudes, ações no mundo… Exatamente assim.
Mas, também é possível pensarmos nelas de maneira bem diversa, pois na verdade, escolher é um presente. Já imaginou não poder escolher? Ter que aceitar aquilo que aparece sem poder avaliar, decidir diante de suas necessidades, suas vontades e desejos?
Quando paramos para refletir sobre a vida, chegamos à conclusão de que tudo é uma questão de escolha. O tempo todo, como já vimos, que desde o momento em que acordamos até o final do dia, fazemos escolhas. Esta é uma grande verdade e uma lição difícil, porque nos lembra que é nossa responsabilidade quanto às nossas próprias vidas, não delegando a outros a busca pelos nossos sonhos e pelo nosso crescimento.
Sim, escolher é vida. E viver é escolher. Essa é a dinâmica da vida. É um ciclo infinito. Estamos escolhemos a cada minuto e a cada minuto estamos precisando viver novas escolhas.
A verdade é que a vida não é feita de uma grande decisão, mas da soma das pequenas decisões no nosso dia a dia. E o fundamental de uma escolha é o cuidado que temos com ela.
A vida que temos hoje, nada mais é, do que as escolhas que vamos fazendo ao longo dela. São os caminhos que tomamos em determinadas alturas, são os desvios que fazemos. O tempo passa e muitas vezes olhamos para trás e pensamos como seria o nosso hoje se ontem tivesse escolhido diferente. Às vezes, gostamos do que estamos vendo, outras nem tanto. O fato é que tudo é consequência das escolhas feitas em algum momento. Mesmo quando não escolhemos algo, estávamos escolhendo não escolher, e as consequências também são minhas responsabilidades.
O que torna tudo isso muito belo, é que as escolhas podem não ser para sempre, elas podem mudar, podem ampliar, podem diminuir, podem assumir novos significados. Já pensaram nisso? E o melhor de tudo: Depende de você escolher! É valorizando as pequenas escolhas, que você pode escolher novamente. Portanto, se não gostamos da situação presente que vivemos, podemos criar uma situação nova – este poder de mudança pertence a nós.
Sendo assim, o que determina nossas escolhas?
Determinamos nossas escolhas, certas ou erradas, com bases conscientes e inconscientes, por meio de influências externas e crenças que vão desde a cultura em que estamos inseridos, passando por religião, política, economia e meio social.
Você escolhe o que quer para sua vida e como quer seus relacionamentos. Porém, antes de tudo, você escolhe quais sentimentos quer sentir. Ao se tornar dono de si, você passa a ter clareza do que esperar das pessoas.
Escolha consciente é quando aceitamos a responsabilidade por nossos sentimentos, pensamentos e comportamentos; escolha consciente é responsabilizar-se por nossas decisões, dando a nós mesmos, a consciência para avaliar os custos e benefícios e tomar uma decisão.
Fazer escolhas conscientes significa ação. E ação é proatividade, o que é mais do que iniciativa. Ser proativo é pensar antes nos custos e benefícios de uma situação, prever o que pode acontecer de bom e ruim e ter controle da situação.
Fazer escolhas inconscientes significa reação. E reagir é estar reativo, o problema ocorre porque não foi previsto, e a situação passa a ser crise, sem o controle da pessoa. E ela não assume a responsabilidade por seus atos e recusa-se, portanto, a ser livre. Pessoas que fazem escolhas inconscientes são totalmente vulneráveis à raiva desnecessária e à sua expressão inadequada.
Já que escolher é inevitável, que façamos nosso melhor. Além disso, que façamos com clareza. Porque isso nos possibilita que, ao olhar pra trás, possamos retomar o processo que nos levou a realizar aquela escolha.
Lembre-se que as escolhas inconscientes nos tornam imobilizados para qualquer mudança. Deixo a seguinte reflexão para essa semana: não tenha medo de mudar! Se observe e se desfaça de crenças, pensamentos, sentimentos e comportamentos limitantes. Reforme-se e cresça! Isto não significa que não irá mais errar, mas que suas escolhas serão mais coerentes com quem você é. Os riscos que cada escolha traz, poderão ser melhor avaliados, e as consequências serão arcadas com mais responsabilidade, sem ficar procurando culpados pelo que não deu certo. Isto é amadurecer. Isto é crescer. E é apenas quando assumimos a responsabilidade das nossas escolhas, e das consequências que elas trazem, que podemos construir uma vida mais saudável e feliz.
Cleisse Mello Coach
É Administradora de Empresas com MBA em gestão empresarial de negócios e especialista em docência do ensino superior. Possui 28 anos de experiência em gestão e planejamento estratégico em empresas nas quais ocupou cargos executivos. Uma profissional de destacada atuação na área de desenvolvimento humano especialista em gestão de negócios e Business coach de negócios e liderança.
Atua ainda como consteladora organizacional, além de possuir formação em DEP (Dinâmica Energética do Psiquismo). É facilitadora da metodologia Pathwork®, bem como consultora e instrutora organizacional, tendo cooperado na gestão e planejamento estratégico de inúmeros processos de melhoria e evolução em contextos humanos variados (pessoais, grupos, empresas e instituições). Tem exercido muita contribuição como Facilitadora de aprendizagem e mudança.