Hábitos: Por que faço o que faço?

Hábitos: Por que faço o que faço?

março 22, 2021 0 Por Cleisse Mello

“Isso é um hábito” … “Precisamos mudar os hábitos…” 

Expressões utilizadas por muitos, em diversas situações. Estamos a todo tempo confirmando ou reclamando de algo que se repete, nos incomoda ou nos atrapalha. Em especial, nesse momento pandêmico, estamos a todo instante sendo convidados a mudanças de comportamentos, isso implica, inevitavelmente, na mudança de hábitos. 

Mas o que significa? Nos dicionários, a palavra hábito está definida como “costume” ou “maneira frequente, usual de ser, fazer ou sentir”. Ou seja, um hábito é uma rotina de comportamento que se repete regularmente e tende a ocorrer subconscientemente. O American Journal of Psychology define um “hábito, do ponto de vista da psicologia, [como] um modo mais ou menos fixo de pensar, querer ou sentir, adquirido através da repetição anterior de uma experiência mental”.

Um estudo feito pela Universidade de Duke, mostrou que os hábitos são responsáveis por aproximadamente 40% das nossas atitudes diárias. Isso nos leva a supor que se você não cria bons hábitos durante a vida, acaba perdendo quase metade de cada dia para a improdutividade ou deixando de lado aquilo que é realmente importante. 

Hábitos são responsáveis pela forma como conduzimos nossas atividades, produtividade e soluções, para o que nos cerca. Se não estamos conscientes do que fazemos e porque fazemos, estamos no “piloto automático”. E na maioria das vezes nem percebemos isso.

Entender a relevância de criar bons hábitos é fácil e já sabemos disso, mas colocar tudo em prática é um grande desafio para a maioria das pessoas. Sim, mudar um comportamento repetitivo não é nada fácil, mas especialistas garantem: é possível. O segredo está em compreender os hábitos e traçar estratégias com foco nas recompensas futuras.

Pesquisadores do MIT, Massachusetts Institute of Technology, fizeram importantes descobertas sobre os hábitos. Elas foram apresentadas por Charles Duhigg no best-seller “O Poder do Hábito”.

Para o autor, os hábitos surgem porque o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço, seria impossível adquirir hábitos novos todos os dias, e por isso, uma vez aprendidos, eles jamais desaparecem de fato.

Um hábito é uma escolha que em algum momento tomamos deliberadamente, e depois paramos de pensar a respeito, porém continuamos fazendo, às vezes todo dia. Basicamente, o hábito funciona como se fosse um loop, e funciona da seguinte forma:

  • Deixa ou gatilho: é a motivação que atua como um despertador para a ação; 
  • Rotina: é a ação praticada em série, em busca de uma recompensa; 
  • Recompensa: a gratificação que com o passar do tempo colabora para que o cérebro repita a ação esperando por determinado resultado.

A boa notícia é que todo hábito, por mais que seja sua complexidade, é maleável. Para modificar um hábito, você precisa decidir mudá-lo. Deve aceitar conscientemente a dura tarefa de identificar as deixas e recompensas que impulsionam as rotinas do hábito e encontrar alternativas. Você precisa saber que possui o controle e ser autoconsciente o bastante para usá-lo.

As vezes a mudança leva um bom tempo. Às vezes exige uma série de experimentos e fracassos. Mas, uma vez que você entende como um hábito funciona – que diagnostica a deixa, a rotina e a recompensa -, você ganha poder sobre ele.

Mudar qualquer hábito exige determinação. Ninguém vai parar de fumar simplesmente porque desenhou um esboço do loop do hábito. Entender as deixas e os anseios que impulsionam seus hábitos não vai fazer com que eles desapareçam de repente – mas vai fornecer um meio de planejar como mudar o padrão.

Deixo aqui a super dica: aprofunde mais através da leitura do livro: O Poder do Hábito – Charles Duhigg. Vai fazer muita diferença em sua vida pessoal e profissional.

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Depois me conta que hábitos você já conseguiu mudar esse ano?

Cleisse Mello
IG: @cleisse_mello