Ajustando seus planos
Nesta etapa do ano, é importante começar a avaliar os passos dados e iniciar os ajustes de rota, pois temos um semestre para atingir as metas que traçamos lá no início do ano.
Alguns cenários inesperados, infelizmente, às vezes nos exigem mudanças. Esse “desvio de direção” pode ser temporário ou permanente, tudo dependerá dos efeitos que o acontecimento imprevisto irá gerar a médio e longo prazo. Sendo assim, é preciso rever novamente os planos, avaliar o que não está funcionando e o que precisa ser adaptado e refazer o planejamento, lembrando que mudar de direção não precisa ser um processo doloroso.
O seu gargalo pode estar em muitas coisas, é importante identificá-lo para que isso não tome toda sua energia e interfira nos resultados que quer obter.
Essa revisão pode ser iniciada com análise do cenário. Vivemos, até pouco tempo, um clima geral de otimismo com o qual projetamos o cenário para nossa empresa ou carreira. Nos dias atuais, para aqueles que ainda não o fizeram, é recomendável a análise sobre o que se imagina acontecer para traçar a rota de como chegar lá.
É importante lembrar que o controle estratégico tem como significado básico comparar o desempenho obtido, com o que foi planejado e, em caso de divergência, realizar todas as providências necessárias para fazer com que ambos coincidam. Nessa situação só existem duas alternativas: rever o planejamento ou corrigir ações práticas que foram ou vem sendo realizadas.
A partir daí, o próximo passo nos direciona para os exames das estratégias, dos objetivos atuais e do propósito desse plano.
Depois de clareadas e escolhidas as melhores alternativas para a situação da sua empresa e/ou carreira, é importante elaborar, mesmo de maneira simples, um novo plano escrito que contenha os custos, receitas e resultados esperados nos respectivos espaços de tempo.
Então é hora de agir. E de agir rapidamente. Pode ser que outros concorrentes estejam pensando a mesma coisa, e, normalmente, quem chega primeiro colhe os melhores frutos. Não se esqueça que as competências importantes para o sucesso, nessa situação, são a flexibilidade e a velocidade.
Vamos às dicas dos cuidados necessários para seguir o planejamento após ajustar as rotas:
Planejamento real:
É preciso conhecer a sua situação atual e do mercado, procurando também prever qual será o panorama geral dentro de algum tempo. Ter uma visão realística, que leve em consideração a capacidade e os recursos que possui, ajuda bastante na definição de um planejamento realmente relevante.
Informações atualizadas:
Para evitar ter que enfrentar esse cenário nada ideal, é preciso investir em uma boa forma de captação e geração de dados, o que normalmente pode ser feito ao adotar um sistema de gestão integrado. Como informações e dados significam conhecimento, para o plano estratégico dar certo é necessário conhecer muito bem, seja seu negócio, seja sua carreira, e suas condições, incluindo peculiaridades e até limitações.
Gerar comprometimento:
É importante montar um planejamento que seja realmente relevante, uma vez que só isso já ajuda a garantir um maior nível de comprometimento. Em seguida, é preciso contar com as pessoas e os líderes certos em cada área. É importante também engajar, motivar e conscientizar sua equipe e parceiros.
Cronograma efetivo:
É importante ter um cronograma com tempo determinado para que as coisas aconteçam, caso contrário, as atitudes do plano acabam sendo adiadas ou mesmo preteridas em relação a outras consideradas prioritárias.
É muito importante estabelecer um período que seja ao mesmo tempo factível e desafiador, possível e adequado para seus objetivos.
Manter métricas:
As métricas são indicadores que mostram se o plano estratégico está dando certo ou não. Sem elas, é praticamente impossível saber se os resultados obtidos até o momento são bons ou ruins dentro do planejamento. Nesse contexto de incertezas, a administração do plano pode ser bastante comprometida, resultando em falhas.
Por isso, juntamente com a definição do plano estratégico, e seus ajustes, deve-se também definir quais serão as métricas levadas em consideração. Mas lembre-se de que nem toda métrica é relevante, mas algumas são indispensáveis para saber o que está acontecendo com seu plano.
Acompanhamento:
É muito importante que o plano estratégico seja controlado e acompanhado de maneira dinâmica. Somente definir as métricas não é o bastante. É preciso acompanhá-las com frequência para entender melhor o que está acontecendo com o planejamento e, se é necessário, atuar de alguma maneira em tempo hábil para que o problema não se agrave.
Agilidade nas decisões:
Demorar demais a tomar as decisões necessárias só causam prejuízo e posterga o que deveria ser inadiável. Por meio do acompanhamento dinâmico, irá identificar possíveis questões que estejam atrapalhando o plano estratégico ou que estejam interferindo nos resultados. Além disso, também é preciso se atentar para a necessidade de tomada de decisão criada pelo plano estratégico.
Assim, um bom planejamento estratégico precisa ser retroalimentado o tempo todo para que não desvie de seu percurso. O ajuste das rotas deve ser feito sempre que necessário, não espere que as complicações apareçam, pois, muitas falhas ocorrem justamente por faltar disciplina e rotina.
Agora comente aqui: quais são suas dificuldades em relação aos planos estratégicos?
Sucesso e siga sempre em frente!!
Cleisse Mello Coach
É Administradora de Empresas com MBA em gestão empresarial de negócios e especialista em docência do ensino superior. Possui 28 anos de experiência em gestão e planejamento estratégico em empresas nas quais ocupou cargos executivos. Uma profissional de destacada atuação na área de desenvolvimento humano especialista em gestão de negócios e Business coach de negócios e liderança.
Atua ainda como consteladora organizacional, além de possuir formação em DEP (Dinâmica Energética do Psiquismo). É facilitadora da metodologia Pathwork®, bem como consultora e instrutora organizacional, tendo cooperado na gestão e planejamento estratégico de inúmeros processos de melhoria e evolução em contextos humanos variados (pessoais, grupos, empresas e instituições). Tem exercido muita contribuição como Facilitadora de aprendizagem e mudança.