Tomada de decisão: Como fazer Escolhas Assertivas

Tomada de decisão: Como fazer Escolhas Assertivas

novembro 5, 2024 0 Por Cleisse Mello

Tomar uma decisão nem sempre é fácil. Diante de várias alternativas, ficamos perdidos pensando qual deve ser a melhor escolha. E quando ela envolve questões mais profundas, que podem trazer mudanças significativas, o processo de tomada de decisão é algo que exige muito de nós. Quando levamos para o lado profissional, a questão é ainda mais complicada, pois a tomada de decisão em empresas, em geral, vai envolver pessoas, custos e processos. 

E sim, você já ouviu falar que toda escolha implica em perdas. Mas também é possível pensarmos nelas de maneira bem diversa, pois na verdade, escolher é um presente. Já imaginou não poder escolher? Ter que aceitar aquilo que aparece sem poder avaliar, decidir diante de suas necessidades, suas vontades e desejos?

Fazer escolhas e, em consequência dessas escolhas, tomar decisões, é uma exigência permanente à qual estamos sujeitos todos os dias das nossas vidas. Algumas dessas decisões são mais fáceis, outras mais difíceis, sobretudo aquelas que implicam em assumir riscos, uma vez que decisões desta natureza nos tiram de nossa zona de conforto, onde nos sentimos mais seguros e confortáveis.

Quando paramos para refletir sobre a vida, chegamos à conclusão de que tudo é uma questão de escolha. O tempo todo, desde o momento em que acordamos até o final do dia, fazemos escolhas. Esta é uma grande verdade e uma lição difícil, porque nos lembra que é nossa responsabilidade quanto às nossas próprias vidas, não delegando a outros a busca pelos nossos sonhos e pelo nosso crescimento.

A verdade é que a vida não é feita de uma grande decisão, mas da soma das pequenas decisões no nosso dia a dia. Assim, a todo momento estamos decidindo sobre as mais variadas situações e essas pequenas decisões também são importantes para formar nossa trajetória. É necessário observar nossas decisões do dia a dia, pois algumas, ainda que pareçam menores que outras, podem determinar mudanças com impactos maiores lá na frente. 

A vida que temos hoje, nada mais é, do que as escolhas que vamos fazendo ao longo dela. São os caminhos que tomamos em determinadas alturas, são os desvios que fazemos. O tempo passa e muitas vezes olhamos para trás e pensamos como seria o nosso hoje se ontem tivesse escolhido diferente. Às vezes, gostamos do que estamos vendo, outras nem tanto. O fato é que tudo é consequência das escolhas feitas em algum momento. Mesmo quando não escolhemos algo, estávamos escolhendo não escolher, e as consequências também são minhas responsabilidades.

E o fundamental de uma escolha é o cuidado que temos com ela.

A tomada de decisão é, basicamente, uma escolha feita. Trata-se de um processo cognitivo que envolve a emoção e a razão. Geralmente, a tomada de decisão é uma escolha entre várias outras alternativas. Assim como envolve uma série de fatores, cada decisão também gera consequências, mesmo aquelas inesperadas.

O que torna tudo isso muito belo, é que as escolhas podem não ser para sempre, elas podem mudar, podem ampliar, podem diminuir, podem assumir novos significados. Já pensaram nisso? E o melhor de tudo: Depende de você escolher! É valorizando as pequenas escolhas, que você pode escolher novamente. Portanto, se não gostamos da situação presente que vivemos, podemos criar uma situação nova – este poder de mudança pertence a nós.

Como já citamos aqui, em um processo de tomada de decisão, há dois aspectos principais atuando: a razão e a emoção. Encontrar um equilíbrio entre ambos pode ser complicado, mas o equilíbrio é fundamental para evitar escolhas erradas. 

Assim como é importante ter dados e informações para fazer uma análise (razão), também é importante ter autoconhecimento e inteligência emocional (emoção) para fazer a melhor escolha. Na esfera pessoal encontram-se seus valores e sua visão de mundo, que demonstram quem você é e o que pretende alcançar. E na esfera racional, estão o embasamento e a prudência.

Você já notou que as decisões feitas com pressa e de cabeça quente, geralmente, não são boas? A inteligência emocional atua nesse sentido, contribuindo para uma mente mais equilibrada que, consequentemente, vai conseguir conduzir um processo mais bem-sucedido. Além disso, o autoconhecimento faz com que as pessoas tomem decisões mais assertivas e conscientes, ao auxiliá-las na compreensão acerca de suas emoções, maneiras de pensar, objetivos, metas e padrões de comportamento.

Pois bem, a tomada de decisão é um processo contínuo e cada escolha é uma nova oportunidade de aprender e crescer. Não existe escolha certa ou errada. Toda escolha faz parte do processo de desenvolvimento. Analise as consequências das suas decisões, identifique o que funcionou e o que não funcionou. Essas reflexões te ajudarão a tomar decisões mais sólidas no futuro.

Vou te ajudar nessa caminhada, com a dica dos 05 passos básicos para a tomada de decisão:

  1. Identifique o problema ou a oportunidade: O primeiro passo é bem simples e básico. Você deve constatar qual decisão precisa ser feita e depois definir se essa decisão envolve um problema ou uma oportunidade;
  2. Pense nas alternativas e, se preciso, crie oportunidades de resolução: Agora você deve pensar no que pode ser feito para aproveitar a oportunidade ou resolver o problema. Se for preciso, crie oportunidades para resolver a questão;
  3. Analise as alternativas em que pensou: Verifique quais são os pontos positivos e os pontos negativos de cada possível escolha. Também, pense nas possíveis consequências de cada uma. Para isso, analise todos os dados que você tiver. Caso seja preciso, converse com um especialista;
  4. Implemente sua decisão: Depois de decidir o que fazer, coloque sua ideia em prática. Lembre-se que sua tomada de decisão foi bem pensada, então não deixe o medo tomar conta e o impedir de aproveitar uma oportunidade ou fazer alguma mudança significativa;
  5. Avalie os resultados: Cada decisão tomada é uma oportunidade de aprendizado. Avalie o quão sua escolha foi eficaz ou não, seus pontos fortes e ruins etc. Assim, se você vivenciar ou conhecer alguém que está vivendo uma situação semelhante posteriormente, terá algo que serviu de experiência.

Lembre-se que, as escolhas inconscientes nos tornam imobilizados para qualquer mudança. É preciso ter muita consciência do que é prioridade para você a cada momento da sua vida, para que os preços das escolhas que você faça, não fiquem pesados demais para pagar.

Deixo a seguinte reflexão para essa semana: não tenha medo de mudar! Se observe e se desfaça de crenças, pensamentos, sentimentos e comportamentos limitantes. Reforme-se e cresça. Isto não significa que não irá mais errar, mas que suas escolhas serão mais coerentes com quem você é. Os riscos que cada escolha traz, poderão ser melhor avaliados, e as consequências serão arcadas com mais responsabilidade, sem ficar procurando culpados pelo que não deu certo. Isto é amadurecer. Isto é crescer. E é apenas quando assumimos a responsabilidade das nossas escolhas, e das consequências que elas trazem, que podemos construir uma vida mais saudável e feliz.

Amadurecer significa, no fundo, parar de sofrer com a parte chata daquilo que escolhemos, porque, afinal, não existe almoço de graça e nem uma deliciosa torta sem calorias.

Cleisse Mello Coach

É Administradora de Empresas com MBA em gestão empresarial de negócios e especialista em docência do ensino superior. Possui 28 anos de experiência em gestão e planejamento estratégico em empresas nas quais ocupou cargos executivos. Uma profissional de destacada atuação na área de desenvolvimento humano especialista em gestão de negócios e Business coach de negócios e liderança.

Atua ainda como consteladora organizacional, além de possuir formação em DEP (Dinâmica Energética do Psiquismo). É facilitadora da metodologia Pathwork®, bem como consultora e instrutora organizacional, tendo cooperado na gestão e planejamento estratégico de inúmeros processos de melhoria e evolução em contextos humanos variados (pessoais, grupos, empresas e instituições). Tem exercido muita contribuição como Facilitadora de aprendizagem e mudança.