O poder da adaptabilidade
Por muitos anos, a forma como encaramos o presente e nos preparamos para o futuro foi baseada somente em eventos passados. Aprender com a história era a maneira mais eficiente de evitar a repetição de erros. Essa forma de pensar se aplicava, também, no mundo dos negócios. No entanto, está cada vez mais evidente que essa metodologia não tem mais espaço na nossa realidade.
O avanço da tecnologia e o evento da globalização mudaram a forma como interagimos uns com os outros, como trabalhamos e consumimos e isso impacta o mercado de trabalho e o dia a dia das organizações. Vivemos em um ambiente no qual o volume de informação que chega a nós é brutal. As opções são muitas e as escolhas, cada vez mais subjetivas. A conectividade torna tudo mais complexo e a velocidade com que as coisas mudam é difícil de acompanhar.
Esse novo cenário traz a urgência em se adaptar, estar preparado para as mudanças e reagir rápido aos estímulos externos. Essas características são essenciais para a sobrevivência e não seria diferente no mundo dos negócios. O que observamos é que, muitas vezes, as organizações não têm capacidade para enfrentar as mudanças.
Os motivos que impedem a adaptação são diversos: seja uma liderança despreparada, a falta de criatividade e flexibilidade ou mesmo de imaginação. Na maioria dos casos, não é por falta de clareza ou consciência sobre o ambiente em que vivemos e sim, porque não estão preparadas para enfrentar a velocidade com que o mundo está mudando.
Conhecemos a famosa frase de Charles Darwin “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”, esta premissa não deixa de ser verdadeira, especialmente para o mundo empresarial, principalmente nesse momento que estamos vivendo e que nos convida a adaptações constantes.
Adaptar significa (no contexto empresarial) investir com assertividade, utilizar recursos inteligentemente para possibilitar que as áreas responsáveis por trazer faturamento, permaneçam vivas e competitivas. Significa também estar preparado.
Voltando a nossa frase de Darwin, podemos, também, fazer referência à necessidade das empresas e pessoas de se adaptarem aos novos contextos que surgiram com a transformação digital. De alguma forma continuamos falando de sobrevivência, porque aqueles que não se adaptem, ficarão para trás, ou seja, estamos falando de adotar a tecnologia necessária para enfrentar as mudanças nos comportamentos dos clientes no cenário econômico e social. Porém, não basta só investir em tecnologia, é muito mais amplo que isso. O caminho passa, inevitavelmente, pela conversão em empresas digitais.
Estamos falando de sobreviver à quarta revolução industrial, e a nova realidade: mais rápida, mais volátil, mais incontrolável.
Hoje, mais do que nunca, as empresas precisam oferecer um ambiente inteligente e adaptável, no qual a qualidade deve depender da eficácia com que os profissionais podem descobrir e agregar novas fontes de dados, a exemplo de conhecimentos sobre eles próprios, produtos e organizações.
De uma forma geral, o objetivo da maioria das estratégias passa por criar uma vantagem competitiva duradoura, estabelecendo um posicionamento de mercado inteligente e/ou reunindo os recursos e competências necessárias para desenvolver/entregar determinada oferta.
Lembrando sempre, que não haverá conversão digital bem-sucedida se não pusermos o cliente no centro da estratégia do negócio.
Isso porque, os consumidores também mudaram e estão mais exigentes do que nunca. Agora estão permanentemente conectados, o que faz com que tenham mais informação e queiram ver suas necessidades satisfeitas de maneira mais imediata. Já não desejam o melhor produto com o preço mais competitivo, agora demandam um serviço inigualável com uma atenção personalizada, que repercuta numa experiência positiva. Portanto, a chave está em oferecer uma experiência excelente ao cliente.
Não se pode prever as novas transformações que estão por vir, pois, além da crise que ainda está em andamento, ela é extremamente complexa e, consequentemente, repleta de incertezas. No entanto, sabemos que as empresas deverão ser capazes de se adaptar a esse ambiente e estarem preparadas para as mudanças para manter um nível de competitividade e até de sobrevivência de mercado. Assim sendo, as empresas que melhor se adaptarem à nova realidade são aquelas que consigam satisfazer as necessidades dos seus clientes de maneira simples, intuitiva e correta.
Cleisse Mello Coach
É Administradora de Empresas com MBA em gestão empresarial de negócios e especialista em docência do ensino superior. Possui 28 anos de experiência em gestão e planejamento estratégico em empresas nas quais ocupou cargos executivos. Uma profissional de destacada atuação na área de desenvolvimento humano especialista em gestão de negócios e Business coach de negócios e liderança.
Atua ainda como consteladora organizacional, além de possuir formação em DEP (Dinâmica Energética do Psiquismo). É facilitadora da metodologia Pathwork®, bem como consultora e instrutora organizacional, tendo cooperado na gestão e planejamento estratégico de inúmeros processos de melhoria e evolução em contextos humanos variados (pessoais, grupos, empresas e instituições). Tem exercido muita contribuição como Facilitadora de aprendizagem e mudança.